Desbravando letras e linguagens

Desbravando letras e linguagens
Desafios da leitura. Fonte: http://bibliotecaets.blogspot.com

Disciplina Gramática e Ensino

Atividades sobre materialidade linguística (tipos de frase) propostas depois de análise de livro didático. A seguir, imagem da capa do livro. Nos exercícios elaborados, procuramos elaborar junto aos alunos, os conceitos propostos no livro.
Componentes do grupo: Lisiane Gonçalves Martins, Lorena Schanz Von Ahn e Marília Santos de Quadros




O texto do livro selecionado foi "A menina dos Fósforos", tradução de Montteiro Lobato. A seguir, as questões propostas para o referido texto:

A menina dos fósforos
Isto foi num desses países onde a neve cai durante o tempo de inverno – e fazia um horrível frio naquela noite do ano.
Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá seguia, de pés descalços pela cidade deserta. Descalça? Sim. É verdade que saíra de casa com um par de chinelas muito grandes para seus pés, pois tinham sido de sua mãe. Ao atravessar a rua, porém, teve de correr para desviar-se duma carruagem na disparada, e perdeu as chinelas; quando voltou para procurá-las, viu que um moleque havia apanhado um pé, saindo a correr com ele na mão. “Vou fazer um berço desta chinela!”, dizia ele. O outro pé não foi possível encontrar - com certeza sumiu enterrado na neve pelas patas dos cavalos.
            Por isso lá ia a menina de pés nus e já azuis de frio. Era uma vendedeira de fósforos, do tempo em que os fósforos se vendiam soltos e não em caixa; no avental trazia uma porção deles e na mão um punhadinho. Mas ninguém lhe comprara ainda um só, e lá se ia ela, tiritando de frio, sem um vintém no bolso. Verdadeiro retrato da miséria, a coitadinha!
            Flocos de neve recobriam seus cabelos cor de ouro, todos cacheados, sem que a menina desse por isso.
            Em muitas casas a luz do interior saía pelas janelas misturada com um saboroso cheiro de ganso assado – porque era dia de S. Silvestre, dia em que todos que podem comem um ganso assado.
            Em certo ponto a menina sentou-se encolhidinha rente a uma parede e cruzou os pés debaixo da saia. Nada adiantou. Sentiu-se mais enregelados ainda. Como não tivesse vendido nenhum fósforo não se animava a voltar para casa. Sem dinheiro no bolso estava proibida de aparecer lá.
            Seu pai com certeza que a surraria – além disso o frio era lá tanto como ali. Uma casa velha, de teto esburacado e paredes rachadas por onde o vento entrava zunindo.
            Suas mãozinhas começaram a perder os movimentos.
            Teve uma ideia: acender um daqueles fósforos para aquecer os dedos entanguidos. Assim fez. Riscou um fósforo na parede – chit! Que luz bonita e que agradável quentura! O fósforo queimava qual velinha, com a chama defendida do vento pela sua mão em concha. Que bom! A menina sentia como se estivesse sentada diante dum grande fogão, com ferro para mexer as brasas e uma caixa de lenha ao lado. Tão agradável aquele calorzinho do fósforo, que ela espichou o pé para que também aproveitasse um pouco- mas nisto a chama foi morrendo e afinal apagou-se. Só ficou em sua mão um toquinho carbonizado.
A menina riscou outro fósforo, e à luz dele a parede da casa estava encostada tornou-se transparente como um véu, deixando ver tudo se passava lá dentro. Estava posta uma grande mesa, com toalha alvíssima e prataria de porcelana; no centro, um ganso recheado de maçãs e ameixas, que recendia um perfume delicioso. De repente o ganso ergueu-se da travessa e, ainda com a faca e o garfo de trinchar espetados no papo, veio na direção dela.
            Nisto o fósforo apagou-se e tudo desapareceu. A menina riscou outro fósforo, e imediatamente se achou sentada debaixo da mais bela árvore de ponta dos galhos, e os enfeites dependurados pareciam olhar para ela. Mas esse fósforo também foi se apagando, e à medida que ia se apagando a árvore de Natal ia crescendo, e as velinhas subindo até ficarem como estrelas no céu. Uma delas caiu, traçando um longo risco de luz.
            - Alguém está morrendo, pensou a menina com a ideia em sua avó. A boa velinha fora a única pessoa na vida que lhe dera amor, e costumava dizer que quando uma estrela cai é sinal de que alguém está morrendo e com a alma a ir para o céu.
            A menina acendeu outro fósforo – e desta vez o que apareceu foi sua própria vovó, brilhante como um espírito e com o mesmo olhar meigo de sempre.
            - Vovó! Exclamou ela. Leve-me consigo! Eu sei que a senhora vai sumir-se quando este fósforo chegar ao fim, como aconteceu com o ganso recheado e a linda árvore de Natal...
            E para que isso não acontecesse, a menina tratou de acender um fósforo atrás do outro, sem esperar que a chama morresse. Era o meio de conservar a vovó perto de si.
            E os fósforos foram ardendo com luz brilhante como a do dia, e sua vovó nunca lhe apareceu tão bela, nem tão grande. Foi-se chegando, tomou e netinha nos braços e com ela voou, radiante, para onde não há neve, nem frio mortal, nem fome, nem cuidados – para o céu.
            No outro dia encontraram o corpo da menina entanguido na calçada, com as faces roxas e um sorriso feliz nos lábios. Havia morrido de fome e frio na última noite daquele dezembro.
            O sol do novo ano veio brincar sobre o pequenino cadáver. Em sua mãozinha rígida estavam ainda os fósforos que não tivera tempo de acender. Os passantes olhavam e diziam: “A coitada procurou aquecer-se com os fósforos”, mas ninguém suspeitou as lindas coisas que ela viu, nem o deslumbramento com que começou o ano novo em companhia de sua avó.
Monteiro Lobato

1)      O que nos relata a primeira frase do segundo parágrafo? “Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá seguia, de pés descalços pela cidade deserta.”
2)      Essa frase tem qual intenção:
a.       Perguntar algo sobre a menina dos fósforos.
b.      Expressar algum tipo de emoção com intensidade sobre a personagem da história.
c.       Fazer uma ordem ou um pedido para a personagem do conto
d.      Declarar algo sobre a personagem do texto.
3)      Marca quais alternativas te levaram a responder a questão anterior:
a.       O sinal de pontuação.
b.      A entonação da leitura da frase.
c.       O sentido dessa frase no texto.
d.      Todas as alternativas citadas.
4)      A segunda frase do segundo parágrafo, por ser uma frase interrogativa, tem a intenção de questionar. Em relação a essa frase, coloca verdadeiro ou falso para as seguintes afirmações e explica o porquê das tuas respostas:
“Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá seguia, de pés descalços pela cidade deserta. Descalça? Sim. É verdade que saíra de casa com um par de chinelas muito grandes para seus pés, pois tinham sido de sua mãe.”
a. O autor faz uma pergunta para que o leitor responda. (    )
b. O autor não tem a intenção de receber a resposta do leitor, tem outro objetivo com essa pergunta. (    )
5)      Observa a palavra destacada da seguinte frase:
      “Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá seguia, de pés descalços pela cidade deserta.”
a.       A quem esse adjetivo se refere?
b.       Na frase que a segue “Descalça?” o adjetivo se refere à mesma coisa ou à mesma pessoa? Por quê? Caso tenha mudado, qual a intenção do autor com isso?
6)      A frase “Vou fazer um berço desta chinela!” é ____________________:
“[...]quando voltou para procurá-las, viu que um moleque havia apanhado um pé, saindo a correr com ele na mão. “Vou fazer um berço desta chinela!”, dizia ele.”
a.       um pensamento da menina.
b.      uma declaração do narrador.
c.       uma fala de um personagem.
7)      Porque tu acreditas que foi utilizado o ponto de exclamação para essa frase destacada?
“[...]quando voltou para procurá-las, viu que um moleque havia apanhado um pé, saindo a correr com ele na mão. “Vou fazer um berço desta chinela!”, dizia ele.”

8)      Qual frase do texto declara o que aconteceu com o outro chinelo da menina?
“O outro pé não foi possível encontrar - com certeza sumiu enterrado na neve pelas patas dos cavalos.”
9)      Observa o trecho destacado da seguinte frase: “O outro pé não foi possível encontrar – com certeza sumiu enterrado na neve pelas patas dos cavalos.” Ela tem um sentido negativo ou afirmativo? Por quê?
10)  Qual / Quais das seguintes frases do seguinte parágrafo do texto também tem / têm o mesmo sentido?
      “Por isso lá ia a menina de pés nus e já azuis de frio. Era uma vendedeira de fósforos, do tempo em que os fósforos se vendiam soltos e não em caixa; no avental trazia uma porção deles e na mão um punhadinho. Mas ninguém lhe comprara ainda um só, e lá se ia ela, tiritando de frio, sem um vintém no bolso. Verdadeiro retrato da miséria, a coitadinha!”

11)  No seguinte trecho: “Em certo ponto a menina sentou-se encolhidinha rente a uma parede e cruzou os pés debaixo da saia. Nada adiantou. Sentiu-se mais enregelados ainda. Como não tivesse vendido nenhum fósforo não se animava a voltar para casa. Sem dinheiro no bolso estava proibida de aparecer lá.” A frase destacada tem o mesmo sentido das frases que destacaste no exercício 10. Ainda há outra com o mesmo sentido neste parágrafo. Qual é?
“Nada adiantou.”

12)  No seguinte parágrafo
“E os fósforos foram ardendo com luz brilhante como a do dia, e sua vovó nunca lhe apareceu tão bela, nem tão grande. Foi-se chegando, tomou e netinha nos braços e com ela voou, radiante, para onde não há neve, nem frio mortal, nem fome, nem cuidados – para o céu.”
 e no seguinte trecho
“Os passantes olhavam e diziam: “A coitada procurou aquecer-se com os fósforos”, mas ninguém suspeitou as lindas coisas que ela viu, nem o deslumbramento com que começou o ano novo em companhia de sua avó.”
quais palavras dão o mesmo sentido da frase destacada no exercício 11?
      E os fósforos foram ardendo com luz brilhante como a do dia, e sua vovó nunca lhe apareceu tão bela, nem tão grande. Foi-se chegando, tomou e netinha nos braços e com ela voou, radiante, para onde não há neve, nem frio mortal, nem fome, nem cuidados – para o céu.
“Os passantes olhavam e diziam: “A coitada procurou aquecer-se com os fósforos”, mas ninguém suspeitou as lindas coisas que ela viu, nem o deslumbramento com que começou o ano novo em companhia de sua avó.”

13) Relaciona as seguintes frases com os possíveis sentimentos ou sentidos que têm:

a. “Vou fazer um berço desta chinela!
b. Verdadeiro retrato da miséria, a coitadinha!
c. Riscou um fósforo na parede – chit!
d. Que luz bonita e que agradável quentura!
e. Que bom!
f. Vovó!
g. Leve-me consigo!
(    ) Compaixão, dó.
(    ) Admiração.
(    ) Surpresa.
(    ) Ênfase, exaltação.
(    ) Representa um ruído, um som; onomatopeia.
(    ) Alegria, sensação de bem-estar.
(    ) Ordem ou pedido.
14)  Quais da frases do exercício anterior:
a)      expressam sentimentos, emoções:
a. “Vou fazer um berço desta chinela!
b. Verdadeiro retrato da miséria, a coitadinha!
d. Que luz bonita e que agradável quentura!
e. Que bom!
f. Vovó!
b)      expressam ou ordem, ou pedido, ou conselho:
g. Leve-me consigo!

15)  Quais expressões poderiam acompanhar a frase “Leve-me consigo!” considerando o contexto do conto:
a. Por favor
b. Agora
c. Por gentileza
d. Imediatamente
e. Por obséquio

16) Se acrescentasses expressões da atividade anterior, seria possível mudar a pontuação?

17) Considerando os seguintes tipos de frases e seus respectivos exemplos, completa a seguinte tabela adicionando mais exemplos retirados do texto “A menina dos fósforos”.

TIPOS DE FRASE
EXEMPLOS
FUNÇÃO
PONTUAÇÃO
OUTRAS OBSERVAÇÕES:


DECLARATIVA
Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá seguia, de pés descalços pela cidade deserta.”
“O outro pé não foi possível encontrar - com certeza sumiu enterrado na neve pelas patas dos cavalos.”
               Usada para dar uma resposta, uma informação ou contar alguma coisa.
No texto, foi observado que, ao fim das frases declarativas há ponto final.
As frases declarativas podem ser afirmativas ou negativas. Algumas palavras podem dar sentido negativo à frase como: não, ninguém, nada, nem.


INTERROGATIVA
“Descalça?”
               Usada para fazer uma pergunta.
No texto, foi observado que, ao fim das frases interrogativas há ponto de interrogação.
As frases interrogativas fazem uma pergunta, mas no conto “A menina dos fósforos” o narrador queria chamar a atenção do leitor.


EXCLAMATIVA
“Que bom!”
“Que luz bonita e que agradável quentura!”
               Usada para expressar espanto, surpresa, emoção, admiração, alegria, etc.
No texto, foi observado que, ao fim das frases exclamativas há ponto de exclamação.
As frases exclamativas sempre são encerradas com ponto de exclamação, mas nem sempre uma frase encerrada com ponto de exclamação é exclamativa.


IMPERATIVA
“Leve-me consigo!”
               Usada para expressar uma ordem, um desejo, uma advertência, um pedido.
No texto, foi observado que, ao fim das frases imperativas há ponto de exclamação.
As frases imperativas podem apresentar expressões como “por favor, por obséquio, por gentileza” quando têm a intenção de realizar um pedido.

No livro, em seguida do texto "A Menina dos Fósforos", há uma tirinha que não está relacionada com o tema "contos de fada", nem com o assunto do conto que inicia a unidade do livro. Por isso, propusemos outra tirinha e outras atividades sobre ela, ainda relacionadas sobre os tipos de frase (meterialidade linguística existente na unidade do livro analisada.

- Espelho meu! Por acaso a Mônica de Neve é mais bela do que eu?
- Mônica de Neve? Aquela baixinha, golducha e dentuça? De jeito nenhum!
- Espela, Mônica! É blincadeilinha! É blincadeilinha!
- Grrrr!!

1.     Em qual conto de fadas essa tirinha está inspirada?
2.     No conto original, quem faz a pergunta para o espelho também é uma princesa?
3.     A pergunta da primeira fala espera uma resposta? De quem?
4.     Qual a diferença da intenção dessa pergunta e da pergunta “Descalça?” do texto “A menina dos fósforos?”
5.     De que outras maneiras a princesa poderia ter perguntado ao espelho?

  a) Gostaria de saber se a Mônica de Neve é mais bela do que eu.
  b) Interessa-me saber se a Mônica de Neve é mais bela do que eu.
  c) Preciso saber se a  Mônica de Neve é mais bela do que eu.

6.     Nas respostas que você marcou acima o sinal de pontuação é igual ao da frase da tirinha? Por quê ?
7.     Observa:

“- Mônica de Neve? Aquela baixinha, golducha e dentuça? De jeito nenhum!”

n     No segundo quadrinho as perguntas do Cebolinha apresentam a mesma intenção da pergunta do primeiro quadrinho ou da questão “Descalça?” trazida no texto de Monteiro Lobato?

n     As frases “De jeito nenhum!” e “Espela, Mônica!” apresentam o mesmo sinal de pontuação, mas elas são do mesmo tipo de frase? Por quê?

8.     O pronome “meu” indica de quem Carminha Frufru acredita que o espelho seja?
9.     Na frase: “Por acaso a Mônica de Neve é mais bela do que eu?” O grau comparativo do adjetivo “bela” está comparando quem?
10. Qual a intenção da personagem em usar o grau comparativo de superioridade na pergunta acima?
11. O nome da personagem do conto original é “Branca de Neve”. “Branca” é um adjetivo dado à quem?
12. Quando seu nome tornou-se “Branca de Neve”, a palavra em destaque continuou dando somente uma característica à personagem?
13. Na tirinha, o nome “Mônica de Neve” foi utilizado com o sentido de referir-se à princesa do conto original?
14. O pronome demonstrativo “aquela” foi utilizado com qual intenção?
15. Os adjetivos que Cebolinha atribuiu à Mônica seriam os mesmos que ele atribuiria para Carminha Frufru?
16. No trecho: “Espela, Mônica!”, Cebolinha faz uma ordem e um chamamento. Qual palavra expressa ordem e qual, chamamento?
17. Porque Cebolinha usou a palavra brincadeira no diminutivo?
18. O que a fala de Mônica “Grrrr” significa?

Por último, foi proposto que os alunos assistissem o filme "Shrek 2". O professor trabalhará com um trecho do filme em que conversam os personagens "Sherk", "Burro" e "Gato de Botas". As falas desse trecho estarão abaixo transcritas. A ideia de trabalhar com um recurso que inclua áudio, permite que se amplie o estudo dos tipos de frase para a entonação. por fim, será proposto que se retome a tabela de formação de conceitos já apresentada, para que seja aprimorada.

Shrek – Adimita, Burro, estamos perdidos!
Burro – A gente não “tá” perdido, seguimos exatamente o que o rei falou. O que foi que ele disse? Ir para a parte mais escura e densa da floresta, passar por árvores sinistras com galhos assustadores.
Shrek – Certo.
Burro - e esse arbusto aqui que é a cara da Fafá de Belém?
Shrek – A gente já passou três vezes por esse arbusto!
Burro – Olha aqui, foi você que não quis parar e pedir informação.
Shrek - Ah, maravilha! Minha única chance de me entender com o pai da Fiona e eu acabo perdido na floresta com um burro!
Burro- “Ta” legal, mas não pega pesado comigo, eu só quero ajudar.
Shrek- Eu sei! Eu sei. Desculpa, “tá”  legal!
Burro-  Ah! Deixa isso pra lá!
Shrek- Burro, é que eu “tô”  precisando muito me entender com esse cara.
Burro- “Tá”, agora vamos encontrar o papai!
Shrek- Fala sério burro, eu sei que a gente teve um lance legal agora a pouco, mas ronronar...
Burro- Qual é, Mané? “Tá” me estranhando? Eu não “tô” ronronando.
Shrek- “Tá” legal! E agora? Vai me abraçar?
Burro-  Ei, Shrek, burro não faz esse barulho. “Tá” pensando que eu só o que? Algum tipo de Hã!
Gato de Botas- Ah, há! Enfrentem-me, se tiverem coragem!
Shrek- Olha só, um gatinho!
Burro- Cuidado, Shrek, ele tem uma arma!
Shrek- É só um gato, burro! Vem, vem, gatinho. Vem aqui, gatinho bonitinho!
Vem gatinho. Vem gatinho. Vem, vem aqui, vem. Ah!
Burro- Se segura Shrek, “to” aqui!
Shrek- Sai fora! Sai fora! Ah, sai fora!
Gato de Botas – Miauuu!
Shrek- Ah!
Burro- Cuidado, Shrek!Não se mexe, Shrek! Fica quieto! Deixa comigo!
Shrek- Uhu, sai fora!
Burro- Errei?
Shrek- Não, acertou em cheio!
Gato deBotas- Agora, ogro, implore por misericórdia para o Gato de Botas!
Shrek- Ah, eu” vô” matar esse gato!
Gato deBotas – Ah! Hi,hi, bola de pelos!
Burro- Ai, que nojo!
Shrek- O que que a gente faz com ele?
Burro- A gente devia pegar essa espada e acabar com ele aqui mesmo, cortar o mal pela raiz.
Gato de Botas- Oh “no, madre no”, por favor, por favor “yo” imploro, não foi nada pessoal senhor, só estava pensando em “mi” família, “mi madre”, ela é doente! “Mi padre”, tira “nuestra” comida do lixo. O rei me ofereceu um bocado de “oro, yo tengo” um monte de irmã...
Shrek- Opa! Opa! Opa! O pai da Fiona te pagou para fazer isso?
Gato de Botas- O rei rico? “Sí”.
Shrek- Ai! Puxa! Foi uma grande benção do papai!
Burro- Qual é, Shrek? Não fica assim! Quase todo mundo que te conhece quer matar você.
Shrek- Valeu mesmo! Ah! Talvez a Fiona fosse mais feliz se eu fosse um tipo de príncipe encantado!
Gato de Botas – “Sí”, foi isso que o Rei disse! Oh! “Perdon”, pensei que estavam me perguntando!
Burro- A Fiona sabe que você faria qualquer coisa por ela.
S- Bom, se eu pudesse, até que eu tentaria mudar, é só que... eu só queria fazer ela feliz!
    Ei! Peraí! A felicidade? A uma lágrima de distância? Burro, pense na coisa mais triste que já te aconteceu!
Burro- Puxa!  Por onde é que eu começo...
[...]
Fada madrinha- Venha até o meu escritório!

Atividades:

Shrek - Ah, maravilha! minha única chance de me entender com o pai da Fiona, e eu acabo perdido na floresta com um burro!

 1-  O que o Shrek quis dizer com esta frase “Ah, Maravilha!”, ele estava realmente satisfeito? Por quê?

 2- Que sinal de pontuação foi usado na frase acima? De que forma o uso desse sinal está relacionado com o significado e a entonação da frase?

ShrekEu sei! Eu sei. Desculpa, “tá” legal!

   3-  Nesse trecho temos destacadas duas frases com as mesmas palavras, porém, pontuação diferente. Marca a alternativa que explica essa diferença:

   a) A entonação e a intenção da fala do personagem.

   b)Em duas frases iguais, fica melhor não usar a mesma pontuação.

4- Nesta transcrição das falas do filme, ficou registrado em alguns trechos algumas marcas da língua falada. No seguinte trecho, “Eu sei! Eu sei. Desculpa, “tá” legal!” podemos identificar alguma dessas marcas? Explica.

5) Quando Shrek é atacado pelo gato, ele repete várias vezes “Sai fora!”

    a) Para quem Shrek dizia isso?

    b) Qual o motivo de Shrek ter dito isso várias vezes? É o mesmo motivo da frase ter sido finalizada com um ponto de exclamação?

Shrek - Opa! opa! Opa! O pai da Fiona te pagou para fazer isso?
Gato- O rei rico? “Si.”
Shrek – Ai! Puxa!

6) Relaciona as perguntas deste trecho e as dos outros textos trabalhados com a intenção do autor:

        a) Descalça?
        b) Espelho meu! Por acaso a Mônica de Neve é mais bela do que eu?
        c) O rei rico?
       d) O pai da Fiona te pagou para fazer isso?
   (   ) Obter uma resposta da pessoa com quem se está falando.
   (   ) Chamar a atenção do leitor para uma parte da história.
   (   ) Antes de responder uma pergunta, confirmar uma informação, mas sem necessidade de resposta.

7) De que outra forma a pergunta do Gato de Botas “O rei rico?” poderia ser dita?

8) Nesse trecho, as palavras das frases exclamativas pertencem todas a que classe gramatical? Qual relação de sentido há entre a função dessa classe gramatical e a frase ser exclamativa?

Fada Madrinha – Venha até o meu escritório!

 9- Quanto ao trecho da Fada Madrinha dentro da bolha, responda:

          a) Ela estava falando com Shrek?
          b) As falas foram produzidas no momento em que Shrek as escutou? Porquê?
          c) A mensagem da Fada Madrinha tem a ver com que outro tipo de texto?
          d) Qual a relação desse outro tipo de texto com a frase imperativa usada pela personagem?

10_ Agora, pensando no que já refletiu-se nas questões anteriores, pode-se complementar nossa tabela:




TIPOS DE FRASE



EXEMPLOS



FUNÇÃO



PONTUAÇÃO
OUTRAS OBSERVAÇÕES:
Em geral, dependendo da situação, há fatores como a ironia, modifica-se a função e/ou o sentido que a frase aparentemente teria.


DECLARATIVA
“Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá seguia, de pés descalços pela cidade deserta.”
“O outro pé não foi possível encontrar - com certeza sumiu enterrado na neve pelas patas dos cavalos.”
              Usada para dar uma resposta, uma informação ou contar alguma coisa.
No texto, foi observado que, ao fim das frases declarativas há ponto final.
As frases declarativas podem ser afirmativas ou negativas. Algumas palavras podem dar sentido negativo à frase como: não, ninguém, nada, nem.


INTERROGATIVA
“Descalça?”
“Espelho meu, a Mônica de Neve é mais bonita do que eu?”
“Frases sugeridas pelos alunos, até mesmo interrogativas indiretas.”
              Usada para fazer uma pergunta.
No texto, foi observado que, ao fim das frases interrogativas há ponto de interrogação. Porém, se a frase for interrogativa indireta, não será utilizado esse ponto.
As frases interrogativas fazem uma pergunta, mas no conto “A menina dos fósforos” o narrador queria chamar a atenção do leitor.


EXCLAMATIVA
“Que bom!”
“Que luz bonita e que agradável quentura!”

              Usada para expressar espanto, surpresa, emoção, admiração, alegria, etc.
No texto, foi observado que, ao fim das frases exclamativas há ponto de exclamação.
As frases exclamativas sempre são encerradas com ponto de exclamação, mas nem sempre uma frase encerrada com ponto de exclamação é exclamativa.


IMPERATIVA
“Leve-me consigo!”
“Sai fora!”
“Ou retiradas dos textos ou sugeridas pelos alunos”
              Usada para expressar uma ordem, um desejo, uma advertência, um pedido.
No texto, foi observado que, ao fim das frases imperativas há ponto de exclamação.
Mas também pode haver ponto final, especialmente nos pedidos.
As frases imperativas podem apresentar expressões como “por favor, por obséquio, por gentileza” quando têm a intenção de realizar um pedido.